quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sem Nome.

Vejo sua roupa esfarrapada e banhada em sangue. Seu cérebro
ainda pulsante, ainda cinzento, bem como este dia, bem na minha frente. As
entranhas enroscadas na cortina como murcilhas de porco estiradas ao sol,
alguns ossos parcialmente inteiros e a vesícula intacta espirrando um suco
viscoso e esverdeado. A curta e quase imperceptível sensação de te ter vivo,
logo apagada pelo impacto das suas vísceras esparramadas.
Um dia nublado, chuvoso e tétrico. O dia em que você, meu pequenino,
se explodiu.